Por: Dra° Taline Costa
As condições ambientais podem comprometer o desempenho físico. Por isso raramente vemos quebra de recordes em eventos de resistência (como as corridas de fundo, por exemplo) num cenário de grande estresse térmico.
O grau de estresse térmico é influenciado pela temperatura do ar, radiação térmica, intensidade do exercício, umidade, velocidade do vento e vestimenta (roupa). Por exemplo, ao exercitar em um dia claro e ensolarado, a 23°C e sem vento, o estresse térmico sofrido é maior que exercitar na mesma temperatura em tempo nublado e com leve brisa.
Apesar das defesas do corpo contra o super aquecimento, a temperatura interna pode se elevar a níveis que comprometem as funções celulares normais, levando a um risco para a saúde do indivíduo. Por isso muita atenção nesse verão!
Distúrbios relacionados ao calor:
- Cãibras: intensas e dolorosas, geralmente na musculatura esquelética do membro inferior. Podem ser decorrentes da desidratação em atletas suscetíveis.
- Exaustão térmica: fadiga, falta de ar, tontura, cefaleia, vômitos, desmaio, pulso rápido e fraco. Ocorre pela incapacidade do sistema cardiovascular de atender as necessidades dos músculos ativos e da pele em um estado de desidratação. Atenção: Indivíduos mal condicionados ou não aclimatados ao calor estão mais propensos a sofrer exaustão térmica!
- Intermação: falência dos mecanismos termorreguladores do corpo, levando a um aumento na temperatura corporal interna acima de 40°C e alteração do estado mental (confusão, desorientação e inconsciência). O quadro pode ser fatal! Os cuidados médicos devem ser imediatos!
Para evitar distúrbios térmicos, são necessárias orientações individualizadas para a prática e para a competição em condições de estresse térmico. Uma atenção especial deve ser dada a hidratação, reposição de sais, vestimenta e horários de prática do exercício considerando a temperatura e a umidade local.